Talvez poucos tenham ouvido falar do Laos. Talvez menos ainda tenham ouvido falar de Luang Prabang. A cidade é patrimônio histórico da humanidade e tem orgulho disso, apresentando seu certificado ampliado e emoldurado no Palácio Real – que serve também como ótimo museu.

 

Luang Prabang é banhada pelos rios Mekong e Kahn, e tem várias possibilidades de passeios de barco. Fizemos um passeio de caiaque descendo o rio Kahn – kid friendly desde o nome: Kahn quer dizer calmo. Outro programa bacana é cruzar este rio pela ponte de bambu! Ela é reconstruída todo o ano, pois na época das cheias o nível do rio fica tão alto que destrói ela! Na vila do outro lado do rio são produzidos papel artesanal e seda. 

 

 

 

No centro histórico, são tantas lojinhas e
cafés que podemos nos distrair por várias tardes. A arquitetura é linda e a
comida é tão variada que é impossível ficar aborrecido, inclusive com uma boa
cota de comida backpacker, como sandubas
de nutella (olá criançada!) e sucos naturais. A comida do Laos só é sem gosto
para quem não conhece, a variedade de peixes, pratos com leite de côco e a
mistura de ervas é excelente. As crianças maiores vão achar graça em pedir o sticky rice: para comer o famoso arroz
grudento devemos fazer uma bolinha dele com as mãos e mergulhar nos
acompanhamentos. E sendo a pequena cosmopolita que é, a cidade está cheia de restaurantes
moderninhos para agradar a todos os paladares. O café do Laos, inclusive, é famoso
em muitos países, e parece muito com o nosso.

 

 

 

O night
market
é passeio obrigatório: final de tarde, dezenas de moradores enchem o
centro da cidade com suas barraquinhas vendendo toda espécie de artesanato. Para
acertar na compra vale dar uma passada na sede do projeto Stay Another Day que, numa ótima exposição, mostra quais são os
produtos realmente feitos no país. Já pela manhã, as feiras da cidade são um
deleite para a curiosidade das crianças, pois são vendidos os mais diferentes
produtos.

 

 

 

Os
mais aventureiros vão se deliciar com as cachoeiras. A Tad Si estava vazia quando fomos, meu filho se encantou com a
possibilidade de caminhar numa cachoeira seca! A Kuang Si é a mais famosa, e visitamos ela depois de uma caminhada
de 15km, com direito a visita a tribos e lanche enrolado na folha de bananeira!
Já a Tad Thong tem várias opções de
trilhas e piscinas naturais, além de uma boa infra estrutura de apoio.

 

 

 

 

 

Informações
práticas:

 

 

  • Como qualquer
    outra cidade da região, não existem facilidades formais, como cadeirotes nos
    restaurantes, kids menu no cardápio
    ou trocadores nos hotéis. Mas todos amam crianças e fazem de tudo para
    ajudar/cuidar/satisfazer os pequenos.
    Meu filho ganhou atenção por todos os
    lugares onde passamos, quer seja um lanche diferente ou mesmo um brinquedo
    novo.
  • A cidade é
    facilmente manejável a pé, mas se quiser ir um pouco mais além, alugue uma
    bicicleta
    . São vários os lugares, vale a pena pesquisar um pouco para conferir
    valores e modelos.
  • Num bairro um
    pouco afastado do centro, vale visitar o Playground:
    o ótimo parquinho de uma escola maternal que abre seu espaço para os farangs (como são chamados os
    estrangeiros) – é só procurar os cartazes colados nas agências de turismo.
  • Xieng Muan, o
    centro histórico, está cheio de agências que organizam passeios de aventura, e
    basta uma conversa franca com os guias para explicar as limitações (ou não) que
    o passeio terá em função dos pequenos.

 

 

 

 

 

Contribuindo:

 

 

  • Enquanto na cidade
    participamos de uma atividade totalmente diferente: demos aulas de conversação
    de inglês para monges e jovens participantes de um projeto local chamado Big Brother Mouse
    . Este projeto, dentre
    outras atividades, reúne voluntários e aprendizes num esquema simples de troca
    de conhecimento. Fizemos belíssimas amizades e acabamos conhecendo muito da
    cidade e da cultura local, graças a nossos novos amigos!

 

 

 

 

Luang Prabang agradou toda a família e é um
destino que vamos querer voltar sempre – pelo menos enquanto seja exatamente como
é!

 

 

 

 

Camile é mãe do Lucas  – 6 anos

 

 

1 COMENTÁRIO

  1. Adorei novamente esse relato de Camile, mae de Lucas!
    E um relato preciso e com contribuicoes valiosas para mim, pois estou com viagem marcada para essa parte da Asia!
    Estou gostando de todos os relatos do blog, mas principalmente esses de Camile, que saem um pouco do lugar comum das viagens com criancas.
    Espero ler mais, com seu texto apaixonado , que nos deixa com vontade de estar la!
    Marisa

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