Eu Viajo com Filhos

Marrakech com bebês

Ano passado.  quando o Kai tinha 9,5 meses, fomos à Marrakech. A ideia original era ficarmos, os três, 6 dias (de quinta à terça). Quando já tínhamos tudo organizado e reservado, meu marido disse que deveria viajar à trabalho no domingo à noite. Pensamos e decidimos que, de domingo à terça, ficaríamos, Kai e eu, aproveitando a cidade de Marrakech com bebê!

Nós voamos com a Vueling, desde Barcelona. Um voo rapidinho e sem problemas. Na chegada à Marrakech a fila da imigração, apesar de pequena, demorou uma eternidade! Ao sair já tínhamos o transfer do hotel esperando por nós. Um senhor super amável, aliás como todos por lá.

Onde Ficar em Marrakech

Ficamos no Riad Dar One, bem no meio da Medina. Este Riad fica bem pertinho do Palais de la Bahia, um importante ponto turístico da cidade. O lugar é uma graça, tudo limpinho, a comida é bem gostosa e o pessoal super atencioso. Para o Kai tinha o bercinho e, nos dias que estávamos sozinhos que trocamos de quarto (e neste não tinha banheira), compraram uma banheirinha nova só para ele. Uns amores!

O edifício do hotel tem um pátio com um pequeno espelho d’água, o que ajuda a refrescar o ambiente, e um terraço lindo na cobertura (lá tomávamos café da manha. Como não morrer de saudades!?)

                             

O que fazer em Marrakech com bebê

Bom, depois de organizar tudo no Riad, eu deixei os meus homens passeando e fui fazer um Hamman (do árabe, água quente. Para simplificar, é uma sauna a vapor com banhos frios ou quentes intercalados). Toda uma experiência; quem puder dar uma escapadinha das crianças e fazer um não vai se arrepender. Todos os bons hotéis oferecem este serviço e, dentro da Medina, tem o Heritage Spa Marrakech que, além de desfrutar de um Hammam delicioso, é possível apreciar a belíssima arquitetura árabe do edifício. Depois do Hammam jantamos no Le Tobsil.

No dia seguinte tive que ir atrás de leite em pó para o Kai porque, com todos os preparativos da viagem, acabei levando pouco leite. Como vivemos em um mundo mais que globalizado, encontrei o mesmo leite em pó que ele tomava e, ainda por cima, mais barato numa farmácia ao lado do hotel.

Depois do “leite”, fizemos um pequeno tour guiado pela Medina. Todos os hotéis e Riads têm algum guia para indicar. Na minha opinião é um passeio que vale muito a pena fazer no primeiro dia, principalmente, para você se ambientar ao lugar.

Depois fomos ao Palais de la Bahia. Um belíssimo edifício (sem data precisa de construção apesar de que algumas fontes mencionam 1866-1867),  convertido em palácio no final do século XIX, com jardins deliciosos para parar e e se refrescar. Neste palácio funcionou o harém de Ahmed ben Moussa.

     

Outro lugar muito legal para passear com as crianças é o Jardim Majorelle. O Kai era pequeno, mas ficou vidrado nas cores, ou melhor “na cor” Azul Majorelle. Para as crianças um pouco maiores deve ser muito legal mostrar os diferentes tipos de planta, as fontes (que são lindas!) e explicar a interessante história dos jardins até Yves Saint Laurent.

                                                    

Fomos visitar o hotel La Mamounia pelos seus lindos jardins; não sendo hóspede, vale a pena parar para tomar um café ou fazer uma refeição só para passear pelos 8 hectares de árvores frutíferas, flores perfumadas e plantas exuberantes.

                              

A cidade também conta com o Museu de Marrakech (um edifício incrivelmente lindo!), o da Fotografia e o Madersa Ben Youssef (um antigo colégio islâmico construído em 1570, o maior de Marrakech) entre outros pontos turísticos. Agora, para mim o melhor de Marrakech é andar pela Medina e descobrir cantinhos! É demais! O Kai, mesmo sem sair do carrinho, ficava maravilhado com tantas cores! Vi muitas famílias com crianças pequenas e estas estavam, simplesmente, felizes andando por um mundo mágico. Além das cores, a simpatia das pessoas é incrível! Todos brincavam com o Kai, falavam com ele, até fruta ele ganhou! Eu poderia passar horas sentada observando a dinâmica da praça Djemaa el-Fna (praça principal e do mercado de Marrakech e, desde 2008, Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO).

                                      

Se, depois de conhecer a cidade, ainda sobram alguns dias dá para aproveitar e ir para as Montanhas Atlas, um passeio pendente para nós.

Onde Comer

Depois do Hammam encontrei os meus amores e uns amigos para jantar no Le Tobsil. Restaurante de cozinha marroquina tradicional, com um ambiente super tranquilo e uma comida deliciosa. Ainda bem que o Kai se comportou, pois este é um restaurante daqueles que todo mundo fala baixinho, com música, ao vivo ou não, de fundo. Enfim, um restaurante muito recomendável; todos adoraram e o Kai teve a sua primeira experiência com a culinária marroquina e também amou!

Um dos dias, que estávamos só o Kai e eu, almoçamos no Riad El Fenn. Só para ver o Riad já vale a pena a visita, este hotel é uma verdadeira galeria de arte! Muito lindo! A comida é bem gostosa e são super atenciosos com as crianças!

                                                                                       

Outro dia, passeando pela Medina, encontramos o Le Jardin (dos mesmos donos do Terrasses des Epices). Entramos, almoçamos e adoramos! É um oásis no meio da Medina, tranquilo e com muita vegetação. O Kai aprovou com tudo o Tajine, eu dei um pouquinho para ele experimentar e acabei dividindo o prato com ele. O Kai também adorou as tartarugas que passeavam por lá. Dica para as mamães: no 1º andar do restaurante tem uma loja da Norya Ayron, elegante e uma excelente combinação do estilo europeu com o marroquino.

No dia da visita ao Jardim Majorelle, uma boa opção para uma “parada técnica” é o “Café La Renaissance“. Tem puffs e sofás para as crianças descansarem e um ótimo atendimento.

Resumindo, esta foi a experiência do Kai em Marrakech. Adorou! Adoramos! E voltaremos!

 Algumas dicas úteis