Eu Viajo com Filhos

Aprendendo com os erros dos outros: nossas roubadas em Buenos Aires

Eu e meu marido resolvemos, de última hora, passar alguns dias em Buenos Aires com as crianças. Confesso que já não somos muitos organizados em viagens marcadas com certa antecedência. Então, você imagina pras decididas dias antes do embarque…

O resultado é que embora o passeio, em geral, tenha sido legal, caímos em muitas roubadas. Tipo, muitas. Eu sei que viagem sem ao menos uma roubada, um imprevisto, não existe. Mas a média pra esse nossos dias na Argentina foi bem alta até pros nossos patamares!

Toda trabalhada no espírito Poliana, venho aqui compartilhar um aspecto positivo dessa experiência: compartilhar as roubadas que caímos para, assim, evitar que sua família caia também. Porque, gente, é sempre melhor aprender com os erros dos outros do que com os seus próprio, não?  

Buenos Aires com crianças: dicas de hotéis

Bom, tendo em mente que esse blog está recheado de boas dicas para levar crianças para Buenos Aires, vou me ater às experiências negativas. Daquelas que você diz: “Fuja!”

Roubada 1 – Táxis e afins

Fomos pra Argentina em cinco pessoas: eu, meu marido, meus dois filhos e minha mãe. E logo no aeroporto aprendemos que é proibido – expressamente proibido! – entrar em 5 pessoas em táxis de Buenos Aires. Mesmo se uma das crianças tiver 3 anos (como a Liz tinha) e viajar no colo. Não pode. Táxi caindo aos pedaços, táxi sem o banco do passageiro (juro!), táxi sem cinto de segurança… tudo isso está autorizado. Mas andar em 5 não podia.

Pegar dois táxis ficava caro. O uber (ao menos no ano passado) era praticamente inexistente (vale checar como está agora). Aliás, o app 99Táxi funcionava mas não aceitava cartão – o que gerou outro estresse pra gente, já que pra mim aparecia o valor debitado no meu cartão e o taxista insistia que não. E também é preciso lembrar de habilitar seu celular ou comprar um chip para ter internet e usar esses serviços.

Roubada 2 – Trocar dinheiro

O lance do táxi eu realmente descobri na hora. Mas em relação a trocar dinheiro, eu já sabia que o melhor era trocar tudo no aeroporto, por uma dica do oráculo de viagens, Ricardo Freire. http://www.viajenaviagem.com/2012/01/que-moeda-eu-levo-para-a-argentina

Por que eu e meu marido não fizemos isso? Mistério!! Acho que estava aquela auê de desembarque com crianças e preferimos agilizar.

Não siga meu exemplo – siga (sempre) as dicas do Ricardo Freire. Hahahaha! É difícil achar casas de câmbio abertas de fim de semana e os bancos frequentemente estão fechados por greve. Eu acabei sacando em uma agência do Santander (vale verificar as taxas do seu banco), mas se tivesse trocado no aeroporto, seria mais negócio!

Roubada 3 – Colônia de Sacramento (Uruguai)

A cidade é fofíssima, eu adorei! Mas é preciso fazer duas considerações. A primeira é que se seus filhos são pequenos, talvez valha a pena dormir uma noite lá. Ou faça um bate e volta chegando lá bem cedo, porque apesar de ser uma cidadezinha pequena, com crianças tudo é bem mais devagar. E não faz sentido fazer um passeio desses meio na pressa (como acabou acontecendo com a gente).

Mas a roubada maior nesse ponto foi a compra do bilhete do buquebus, o barco que sai de Buenos Aires e chega em Colônia. De novo, o site Viagem na Viaje http://www.viajenaviagem.com/2016/07/uruguai-itinerarios tem dicas precisas sobre o barco e sugere você comprar o ingresso online antes do embarque. Tentamos fazer isso durante três dias anterior ao passeio e o site estava fora do ar ou, quando funcionava, nunca completava a compra. Fomos mesmo assim, compramos os bilhetes na hora. Foi uma loucura, porque a estação estava lotadérrima, e gastamos beeeem mais do que os valores oferecidos pelo site.

Roubada 4 – muitos dinheiros!

A gente sabia a cotação do peso na época e, claro, tínhamos noção de que não seria uma Buenos Aires baratinha, uma Buenos Aires comendo “ojo de bife” por preço de batatinha frita – como foi em outras épocas. Mas confesso que os preços estavam mais altos do que esperávamos, seja no táxi, na alimentação ou no dulce de leche. Acho que, se a situação está apertada, vale calcular bem os gastos antes de sair comprando a passagem só porque está barata. Mas tanto a nossa situação econômica quanto a dos nossos vizinhos está sempre mudando. Então, é rezar pra sua viagem coincidir com um período bom pro nosso bolso 😉

Roubada 5 – Livraria Ateneu

Sim, eu sou que vou ser julgada nesse post. Mas escolhi correr esse risco, juro que a intenção é das melhores! A última vez que tinha ido pra Buenos Aires foi antes de eu ter filhos. E me lembro da Ateneu como uma livraria fantástica, lindíssima. Então, estava louca para levar o Theo e a Liz. Acho que eu nem tinha ido na seção de literatura infantil, mas na minha cabeça era tão fantástica quanto o restante da livraria, claro. Então, não era. Pra crianças que costumam frequentar livrarias ou bibliotecas no Brasil, a área infantil da Ateneu não tem nada demais. É fofa, mas nada muito diferente do que temos por aqui. É claro que é legal ver os clássicos infantis em espanhol – meus filhos curtiram isso.

Mas acho que é preciso ter em mente que é uma visita rápida. Isso porque, como o acervo infantil é relativamente pequeno, o espaço também é meio limitado (no dia que fomos, estava cheio) e não há nenhuma proposta diferente,  não é o tipo de livraria que dá pra ficar um tempão com as crianças.

Dito tudo isso, volto a dizer que acho que ir para Buenos Aires com crianças é uma super ideia! Mas vale um planejamento mais cuidadoso, para você cair em menos roubadas do que eu. Ou, ao menos, roubadas diferentes 😉

Mariana é mãe do Theo e da Liz

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