Eu sou uma pessoa atrapalhada. Eu tropeço na rua, desligo fios da tomada sem querer, falo com as mãos e derrubo copos na mesa. Justamente por saber como eu sou, tento me organizar muito em tudo o que diz respeito a viagens: faço listas, junto documentos, arrumo a mala com antecedência. Não porque isto é natural em mim, mas porque sei que se deixar para última hora esqueço coisas importantes. Messsssmo assim, uma atrapalhada ou outra acaba acontencedo.
Cadê a mala
Uma vez, quando o Pedro era pequeno, fomos para Camboriu e quando chegamos lá vimos que tinhamos esquecido a mala dele. Depois de passado o momento em que um empurra a culpa para o outro, saímos para comprar o essencial (cuequinhas, um shorts e duas camisetas). Estavamos felizes e contentes fazendo nossas comprinhas (Camboriu é u ESPEtáCULO para roupinhas básicas de crianças) quando encontramos um amigo. Este amigo não tem filhos e é o EXEMPLO de pessoa organizada. Ele NUNCA esqueceria a mala do filho. conversa vai, conversa vem, contamos que estavamos comprando algumas coisinhas pro Pedro porque esquecemos a mala dele. Ele ficou visivelmente chocado (“que tipo de pais são essses que esquecem a mala do filho???”). Até hoje ele fala sobre isto quando nos encontra.
Cadê a mala – parte 2
Alguns anos depois, quando a Luiza tinha 6 meses, fomos para Disney. (Eu ainda não conhecia a técnica de contar quandtos itens estou caregando). A mala de mão da Luiza, aquela que eu ia carregar no avião por 8 horas, estava completinha: fraldas noturnas, mamadeiras, roupinhas extras, travesseirinho, casaquinho, chupeta, fraldões para possíveis acidentes, lencinhos umidecidos, pomada, antitérmico, termometro, enfim, tudo que uma criança de 6 meses pode precisar durante um voo internacional. Tudo que uma mãe prevenida e que sabe viajar poderia levar para um bebê de 6 meses.
Esta mala ficou em cima da cama.
Provavelmente por culpa minha. Mas de que adianta achar o culpado nestas horas?
Senti falta da mala quando cheguei no aeroporto. Sabe aquelas cenas de familia abrindo mala no meio do sagão? Era eu, tirando roupa da mala que seria despachada para refazer a mala de mão. Depois passamos na farmácia (super equipada rsrs) do aeroporto para comprar os itens essenciais e lá fomos nós.
Tem NAN 2 na Tailândia? E em Dubai??
Quando fui para Tailandia e para Dubai a Luiza já tomava NAN2. Nem passou não levar o leite daqui. Calculei o número de mamadeiras que ela iria tomar e levei MUITAS latas de leite. Na longuissima viagem até a Tailandia, ela não quis saber de comidinhas do avião e eu fiquei dando leite para ela por dias seguidos. Quando cheguei lá, já sabia que o leitei que eu tinha levado não era o suficiente.
Eu estava em Phi Phi, uma ilha sem grandes estrutura longe de tudo. A lingua oficial era a mímica. Comecei a procurar leite em qualquer vendia que eu via, mas é claro que as latas estavam todas escritas em Tailandês e meus conhecimentos de mímica não eram o suficiente. Resolvi deixar para procurar de novo em uma cidade um pouco maior. Encurtando muitas idas a 7/11 acabei encontrando uma lata de NAN 2. Todas as informações estavam na grafia deles menos NESTLE, NAN e 2. Na volta até fiz um post sobre este episodio.
Em resumo, como viajo bastante, muitas atrapalhadas acontecem, doenças antes da viagem, vômitos a caminho do aeroporto, no carro na entrada da cidade, roupas que soltam tinta, mamadeiras e chupetas que desaparecem, pouca ou nenhuma estrutura para crianças, esquecer shampoo, viajar sem fralda (né Roberta), esquecer documentos... acontece com todo mundo né?