Depois de um voo muito rápido desde Faial, chegamos à Ilha das Flores! Uma das ilha que mais queríamos visitar e também a mais “perdida no meio do oceano”. Em 2009 ela é foi incluída na lista da Rede Mundial de Reservas da Biosfera da UNESCO.
Chegamos ao aeroporto de Santa Cruz das Flores, o aeroporto que vai de uma ponta à outra da cidade. Fomos ao supermercado comprar comida para café da manha, excursões, … e fomos ao hotel que ficava do outro lado da ilha (Flores é bem pequena e em meia hora cruzamos a ilha).
Onde Ficar
Nós ficamos na Aldeia da Cuada que fica na parte este da ilha, para nós a mais bonita. O hotel é, realmente, uma aldeia. Até os anos 60, quando foi abandonada pelos moradores, a aldeia tinha como atividade principal a agricultura. O Sr. Carlos e a D. Teotónia, atuais proprietários, recuperaram as casas em pedra, com a decoração típica e as adequaram para que o hóspede se sinta em casa no meio do oceano. As casas têm jardim e churrasqueira. Demais! Além do cuidado na reabilitação das casas e na limpeza; o Sr. Carlos, a D. Teotónia, a Carlota (filha do casal e quem se encarrega do restaurante) e o Sílvio (marido da Carlota e encarregado da gestão) são pessoas muito amáveis!
Mesmo sendo um hotel rural, onde, normalmente, os hóspedes fazem tudo, lá na Aldeia não é assim. Já na chegada o Sr. Carlos e o Sílvio levaram as malas de Quad para a casa e, como as ruazinhas são de pedra como antigamente, realmente agradecemos não ter que levá-las até a casa. A Aldeia tem casas com 1, 2, 4 e 6 quartos. Nós ficamos em uma de dois quartos, com banheiro e cozinha. A casa já tinha bercinho e banheira para o Kai.
O hotel oferece café da manhã, almoço e jantar para os hóspedes que quiserem, porém é necessário solicitar com antecedência e não está incluído na diária. A Carlota está sempre no hotel e a cozinha está aberta durante todo o dia para snacks rápidos. Eles também preparam lanches para levar às excursões (tem que pedir na noite anterior).
O Sílvio conhece muito bem a ilha e nos ajudou com as melhores trilhas para fazer com o Kai. E até nos deu carona para começar uma delas que acabava pertinho do hotel. Adoramos tudo!
O que fazer
Nesta Ilha sim utilizamos a mochila de levar o Kai! Mal chegamos, já fomos fazer a primeira excursão que fica pertinho da Aldeia: a lagoa dos Patos. Dá para sair andando desde a Aldeia, uns 30 minutos (20 pela estrada e 10 por uma trilha bem fácil) ou ir de carro e fazer somente a parte de trilha a pé (foi o que fizemos porque não queríamos andar pela estrada com o Kai). A trilha é bem fácil e dá para levar crianças numa boa. Também é possível levar carrinho, mas tem que ser daqueles com rodas grandes porque senão as rodas pequenas vão encalhar nas pedras do caminho. A lagoa é bonita, mas o que é faz a paisagem maravilhosa são as pequenas cachoeiras que descem da montanha e acabam na lagoa. O Kai, mesmo tão pequeno, parecia não acreditar no que via… muito lindo! Ali brincamos entre as árvores, encontramos “tesouros” e molhamos as mãos, já que a temperatura não dava para um mergulho. Dizem que na Ilha das Flores você pode ter as quatro estações do ano no mesmo dia, e é verdade!
No dia seguinte levantamos bem cedinho, o que não é difícil com criança pequena, e fomos fazer uma das trilhas da Ilha. O Silvio nos deu uma carona até Lagedo, onde começa a trilha. Está é uma trilha de 13,5 km e dificuldade média. Demoramos umas 4 horas para acabar e, os últimos 3 km, o Toni fez sozinho até a Aldeia. O Kai, depois de 3 horas na mochila (mesmo com paradas para ver vacas, comer, nadar, …), cansou-se! Então, em Fajãzinha, eu fiquei com a mochila e o Kai e o Toni foi pegar o carro na Aldeia. Dica: esta trilha é muito bonita, mas é para fazer ou com a mochila para crianças, como fizemos, ou com crianças maiores tipo 10/12 anos. Tem partes da trilha que são bastante íngremes e acho que será difícil para os pequenos descerem e/ou subirem sem pedir colo.
Depois de sermos resgatados pelo Toni, tomar um bom banho e almoçar, enfim, virar gente, fomos dar uma volta de carro pela ilha. A ilha é bem recortada, cheia de pequenos ilhéus, muitas grutas e piscinas naturais. Se o tempo permitir, recomendo uma passeio em barco em volta da ilha. Durante os meses de verão têm várias pessoas que fazem este tipo de serviço.
Depois do longo dia, fomos jantar em Fajãzinha, cidadezinha perto do hotel, no restaurante Por do Sol. Comida regional e bem gostosa. Eles foram super atenciosos com o Kai e tinham cadeirão. O Kai aprovou outra vez!
No dia seguinte foi o dia do Poço do Bacalhau e das lagoas. O Poço é uma pequena cachoeira onde é possível tomar uma banho refrescante, na verdade, bem refrescante! Toni e eu nos revezamos para cuidar do Kai e entramos para um banho rápido. Este é um passeio bem legal para fazer com os pequenos pois o acesso ao Poço é fácil (para chegar na parte baixa da cachoeira), curtinho e tem estacionamento; as crianças vão adorar poder nadar numa cachoeira.
Depois do banho, fomos às lagoas. Lagoa Branca, Negra, Seca e Comprida, da Lomba, Funda e Rasa. Como nas outras ilhas, as lagoas são lindíssimas!!! As crianças ficam maravilhadas e se perguntam: como as lagoas têm cores diferentes? como tem duas lagoas com uma montanha no meio? como as lagoas estão lá embaixo e não podemos chegar? Enfim…adoram!
Neste dia almoçamos em um lugar genial! O Pescador, em Ponta Delgada. Comida deliciosa, ótimo atendimento e um preço muito justo. Foi a primeira vez que o Kai comeu moreia, e adorou!!! Também comemos um polvo delicioso e, para não perder a tradição das ilhas, umas excelentes lapas.
No dia seguinte o Toni, e somente ele porque a água estava muito fria, ainda deu um mergulho em uma das piscinas naturais (algumas delas estavam cheias de medusas e caravelas portuguesas que nunca tínhamos visto) antes de pegarmos o avião para o nosso próximo destino: Ilha de São Miguel. O Kai amou ver os peixinhos, que eram tantos e a água estava tão limpa, que era muito fácil de ver.
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