Eu Viajo com Filhos

Islândia com Crianças – Roteiro

Rotwiro na Islândia - Fjaðrárgljúfur

Nossa viagem pela Islândia com crianças foi planejada com antecedência e muito cuidado, nosso grupo tinha 12 pessoas, sendo 8 adultos, 2 bebês de 2 anos (toddlers), 1 criança de 9 anos e uma adolescente que fez 15 na Islândia! Nossa primeira ideia era fazer a volta na ilha, de motorhome, mas não queríamos que a viagem fosse corrida ou que ficasse puxado, afinal eram 12 pessoas com ritmos diferentes. Acabamos decidindo que nosso roteiro seria o sul da Islândia. Nossa viagem durou 9 dias! Vou detalhar os passeios e também detalhes sobre o país, as atrações e as cidades por onde passamos. Para começar, vou contar como foi nosso roteiro para quem tiver interesse em planejar uma viagem de carro pela região Sul e Sudeste da Islândia.

Pingvellir onde fica o encontro dos continentes!

Fomos em julho. Os dias são longos, o que propicia passeios até mais tarde. Anoitece perto das 11 da noite e o dia nasce lá pelas 3 da manhã. Não é uma época apropriada para ver a aurora boreal, mas em compensação vimos muuuuuuiiiiitos arcos-íris! O clima era friozinho, entre 10-13ºC. Tivemos sorte e pegamos muitos dias de sol, mas os dias nublados ou com vento frio, são muito comuns, mesmo nesta época.

Paisagens ao longo da estrada com rochas vulcânicas e musgo

Nosso roteiro na Islândia com Crianças 

1º dia – Reykjavik

Chegamos em Reykjavik na hora do almoço, alugamos um carro (na verdade 3!) e fomos para nosso apartamento (foi a primeira vez que fiquei em um apartamento alugado pelo Booking) que ficava em uma rua bem central, cheia de lojas e restaurantes e pessoas passeando na rua, a Laugavegur. Jantamos ali mesmo em um restaurante italiano que recomendo: Rosso Pomodoro.

Leia nosso post sobre Reykjavik com crianças

2º dia – Reykjavik – Golden Circle

Parque com geisers ativos

Aproveitamos a previsão de dia ensolarado para fazer o Golden Circle (o Círculo Dourado), a atração mais conhecida da Islândia. Como alugamos carro não precisamos pegar transfer ou contratar o passeio no hotel. São 300 km de atrações e paisagens lindíssimas. Em cada uma das paradas ficamos cerca de uma hora e meia/ duas horas, então não fica cansativo. Começamos pelo Geyser, que está ativo e entra “explode” a cada 10 minutos (aproximadamente), depois passamos e pela Gullfoss, uma cachoeira gigante, e terminamos o passeio no Parque Nacional de Pingvellir. Em Pingvellir (Thingvellir) fica o encontro das placas tectônicas da América e da Eurásia. É um loca muito bonito e também cheio de história (local sede do Parlamento Islandês durante muitos séculos). No último dia da nossa viagem, voltamos a este local para fazer o mergulho entre as placas tectônicas.

Gullfoss, uma das maiores cachoeiras do país! No inverno, fica tudo branquinho.

3º dia – Reykjavik

Aproveitamos para conhecer a cidade. Começamos pelo Perlan, um museu de história natural com um observatório da cidade perfeito para ir com crianças. O museu é interativo e prende atenção das crianças, explica muito sobre os vulcões, os geisers e os animais marinhos. O grande destaque é um túnel de gelo! A tarde fomos conhecer a igreja Hallgrimskirkja que é um dos cartões postais de Reykjavik e caminhamos pela cidade. Terminamos o dia com uma visitar rápida no National Museum. Jantamos em um restaurante pequeno e simpático, com preços razoáveis (para o padrão na Islândia), o Salka Valka.

4º dia – Kerid/ Seljalandsfoss/ Gljúfrabúi/ Skogafoss/ Vik

Saímos cedo com destino a Vik. No caminho fizemos várias paradas. A primeira foi para para conhecer Kerið, um vulcão que está inativo. Dentro de sua cratera se formou um lago de água azul.

Cratera do vulcão Kerid

Depois passamos por diversas cachoeiras, todas lindas e uma diferente da outra. Neste dia estava nublado e chovendo em alguns momentos, mas não deixamos de conhecer nenhuma. Todas são de fácil acesso (as atrações ficam muito próximas ao estacionamento – não há trilhas longas ou complicadas. Em todos os locais vimos pessoas de todas as idades, lembrando que no nosso grupo havia 2 bebês e meus pais). A maioria dos estacionamentos das atrações tem banheiros públicos e uma vendinha com café e bolachinhas (lanches rápidos).

Gljúfrabúi: uma cachoeira escondia na rocha

• Seljalandsfoss – Além de ser muito bonita, é possível passar por trás dela – as crianças e bebês adoraram a brincadeira. A gente acaba se molhando bastante! O video clip da música Sorry do Justin Bieber foi gravado na região, e começa aqui.

• Gljúfrabúi – Uma cachoeira “escondida”. Para chegar até ela é preciso atravessar uma fenda na pedra. As crianças foram e se molharam bastante, claro que adoraram!

Skogafoss – Muito bonita! Ao lado da cachoeira há uma escadaria de quase 500 degraus. Vale a pena subir para ver a queda lá de cima!

 

No final do dia chegamos em Vik, onde nos hospedamos em um super hotel com design escandinavo (existe isto ou eu inventei???), o Hotel Kria, sem dúvida, o mais top da viagem.

5º dia – Vik (Skaftafell/ Vatnajökull/ Fjaðrárgljúfur)

Acho que este foi um dia mais inesquecível da viagem! O Pedro estava fazendo 15 anos, quando abrimos a janela, a vista era maravilhosa e o dia estava ensolarado. Depois do café da manhã saímos rumo a 3 atrações deslumbrantes:

Maiores gelereiras da Europa

• as geleiras de Skaftafell

• os icebergs de Vatnajökull

• Canions Fjaðrárgljúfur

Confesso que quase pulamos os cânions, já eram 7 da noite e tinha sido um dia intenso, de muitas belezas, muitas emoções e bastante estrada. Mas valeu muito a pena não ter desistido! A entrada dos cânions fica praticamente na estrada (desvio de poucos km) e a caminhada é linda, mesmo morro acima!

Distância Vik – Vatnajökull: 190 km (com direito a várias paradas no caminho para tirar fotos das paisagens vulcânicas e casas com telhado de grama).

6º dia – Reynisfjara/ Hvolsvöllur

Começamos nossa volta com muitas outras atrações no caminho. Em Vik fomos visitar a Black Sand Beach que tem algumas formações rochosas muito interessante e puffins (pássaros típicos que parecem uma mistura de pinguim com tucano.

Black Beach com pedras pretas

A segunda parada foi em Reynisfjara, outra praia de pedras pretas, onde há colunas de basalto interessantíssimas e divertidíssimas para crianças! Todo mundo parecia macaquinhos (ou cabritos montês) subindo nas pedras e tirando fotos.

As praias da Islândia também tem uma pedra furada.


Nossa hospedagem esta noite foi em uma região rural, uma guest house cercada por propriedades com cavalos lindos e cachoeiras, claro!

 

7º dia – Hvolsvöllur

Dia de descanso e de carregar as baterias. Aproveitamos para passear na região, fazer carinho nos cavalos, visitar mais cachoeiras e também organizar as malas. Cozinhamos em casa.

8º dia – Eyrarbakki/ Thingvellir/ Blue Lagoon/ Keflavik

Eyrarbakki

Saímos logo após o café da manhã, passamos pelo vilarejo Eyrarbakki e voltamos ao Thingvellir, desta vez para fazer snorkling nas placas tectônicas. A temperatura da água varia entre 2 e 3ºC. A roupa é especial para a temperatura, na verdade, a única parte do corpo que entra em contato com a água é o rosto. Por baixo da roupa de borracha há uma roupa térmica, e por baixo, roupas normais (camiseta de manga comprida e moleton, que não chegam a molhar). Foi intenso e emocionante!

De lá fomos direto para a Blue Lagoon – a atração mais famosa da Islândia! São águas termais, quentes e azuis. Dizem que faz muito bem para pele e combate o envelhecimento por causa da sílica e de outro minerais. O local é abastecido pelos resíduos de uma indústria geotérmica próxima e tem uma estrutura muito bacana com grandes vestiários, banheiros, estacionamento, etc. É um programa caro mas divertido! É realmente muito gostoso ficar relaxando naquela água. No ingresso está incluído uma bebida e uma “máscara” de sílica para pele.

Nosso hotel era em Keflavik, escolhido estrategicamente por ser perto da Blue Lagoon e perto do aeroporto. Muita gente reserva uma noite para ficar nesta região pois é mais prático do que ficar em Reykjavik.

Confira as tarifas do hotel Keflavik by Keflavik Airport

9º dia – Dia de ir embora

Tomamos café da manhã no hotel (muito bom por sinal) e fomos para o aeroporto, muito próximo do hotel!

 

Acompanhe todos os detalhes da nossa viagem, aguarde os próximos posts!

Canions Fjaðrárgljúfur

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